Schumpeter, em Capitalismo, Socialismo e Democracia (1942), afirmava que o empreendedor é a principal alavanca do capitalismo, pivô da inovação e da destruição criativa, que mantém o sistema funcionando. Ele é o grande protagonista!
Todavia, imaginar que o estado “atrapalha” o fomento às inovações tecnológicas, é ingenuidade.
O iPhone certamente foi uma das inovações mais marcantes dos últimos tempos. Destrinchando o equipamento temos: tela touchscreen, GPS, internet, mensageria, memória RAM, baterias de lítio, assistente virtual (Siri). O que todas essas tecnologias têm em comum? Vieram de projetos de defesa dos Estados Unidos, através da DARPA, SBIR e outros órgãos de P&D estadunidenses.
O estado empreendedor, através de investimentos massivos em ciência e tecnologia, permitiu que a Apple fosse a empresa que é hoje (MAZZUCATO, 2014).
Nós compramos a briga errada!
Não se trata de menos estado ou mais estado. Se trata de brigar por um estado empreendedor, que impulsione pesquisa e desenvolvimento no exercício de políticas públicas e com investimentos massivos.
Quando no silêncio da noite você se perguntar: por que não existe um Google no Brasil? Se questione sobre o papel do estado e compare a agenda de P&D estadunidense com a local.
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