Nesta semana, Tim Cook completou 10 anos à frente da Apple, substituindo o lendário Steve Jobs. Naquele momento, em 2011, todos se questionavam a respeito da capacidade da Apple continuar inovando sem o seu fundador, que se caracterizava por invenções brilhantes e uma habilidade incrível com apresentações.

Apresentação de Steve Jobs no lançamento do primeiro iPhone

Mas Tim Cook conseguiu. Não apenas conseguiu como também seria ele o CEO a levar a Apple ao posto de companhia de capital aberto mais valiosa do mundo, despistando a desconfiança e deixando uma lição importante sobre tempo para execução e consolidação de um legado.

Tim Cook: No dia 25 de agosto de 2011, o CEO da Apple completou 10 anos a frente da companhia

Alguns de seus feitos foram:

🔹 Empresa de capital aberto mais valiosa do mundo e a primeira a atingir um valuation de US$1 trilhão (em 2018). Atualmente, o valor já mais que dobrou, US$2,4 trilhões. Desde 2011, os papeis da Apple geraram 1.100% mais retorno ao investidor.

🔹 Manteve no topo produtos importantes como o iPhone, mas também trouxe inovação a companhia, lançando o Apple Watch e os AirPods. Apple Watch apenas no ano passado vendeu 33,9 milhões de unidades. Já os AirPods, apenas em 2019 gerou US$12 bilhões em receitas.

🔹 Foi Cook quem também ampliou o setor de serviços da companhia, anteriormente marginal nas receitas. Serviços pagos como iCloud, Apple Music, App Store, Apple News+ geraram US$ 53,7 bilhões para a empresa em 2020.

🔹 Reestruturou completamente a produção de seus produtos, ampliando a fabricação com fornecedores externos, atividade antes quase restrita a produção interna.

Mas tudo isso levou TEMPO!

Uma cultura de inovação genuína permite que as pessoas ganhem o benefício da dúvida, em detrimento a crítica constante. Tim Cook teve a missão de substituir o garoto propaganda do Vale do Silício e recebeu o apoio necessário da empresa para se provar nos últimos 10 anos. DEZ ANOS!

No imediatismo corporativo atual, as pessoas são encaixadas em ciclos cada vez mais curtos para se provarem – pregando da porta para fora uma cultura de inovação, mas com aversão aos mínimos erros das pessoas – que após um deslize, já não servem mais.

Dar tempo ao tempo é o que constrói os grandes legados e a Apple aprendeu à duras custas após a demissão de Steve Jobs em 1985. Parece que aprenderam bem.

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